ORDEM 1ª DE SÃO CIPRIANO PROTETOR

Somos uma Ordem Fraternal, Filosófica e Social, com o objetivo de compartilhar novos conhecimentos sobre a "arte", composta por homens e mulheres que congregam ideias construtivas, como a fraternidade, igualdade e liberdade.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Instrumentos da Magia (4)


A “Tradição Ocidental”, para lhe dar o seu nome técnico, é uma estrutura composta que engloba as técnicas de magia de todos os povos do Mediterrâneo, por um lado, e os sistemas mágicos dos povos celtas e nórdicos, por outro.
O homem leigo, se dá-se ao trabalho de discutir sobre magia, normalmente emite uma ideia preconceituosa, baseada nos fragmentos da prática mágica medieval.
Tais fragmentos, originários dos Grimórios mágicos, fornecem um quadro muito imperfeito do que a Magia do Ocidente realmente é, mas são normalmente usados pelos nossos críticos como prova de quanto são tolos e supersticiosos os praticantes da magia.
Contudo, a mesma linha argumentativa poderia ser seguida por qualquer crítico, digamos, a respeito da Igreja Romana, e, de fato, a própria expressão Hocus Pocus , que é geralmente dirigida contra a prática da magia, é a distorção protestante da parte mais solene da Eucaristia Cristã – Hoc Est Enim Corpus Meum – Este é o meu corpo.
Foi por certos abusos e superstições que essa locução passou a ser usada contra o padre católico romano como contra o mago.
Contudo, o critério mais equilibrado e verdadeiro é considerar o melhor, e não o pior, em qualquer instituição humana.
Eqüidistante de qualquer afirmação feita pela Igreja Católica sobre ela ser um corpo sobrenaturalmente organizado, ou pelos adeptos da magia de serem detentores de uma sabedoria que tem sido transmitida desde “tempos imemoriais”, é evidente que suas respectivas organizações são compostas por seres humanos falíveis, cujas falhas e imperfeições irão inevitavelmente afetar a apresentação de suas crenças e doutrinas.
A Tradição Ocidental afirma ser ela própria herdeira de um corpo de conhecimentos e práticas, que vêm sendo transmitidos desde a mais remota Antiguidade, e que a filosofia central em torno da qual ela se organiza é o corpo místico do ensinamento hebreu, conhecido como Cabala.
Essa palavra em si conduz a idéia de segredo, uma vez que ela significa transmissão do conhecimento oral, “de boca a ouvido”, e, sem dúvida, essa tradição oral antecedeu de muito a compilação e edição de obras, tais como o Sepher Yetzirah, um dos pilares da Cabala.
Em todos os sistemas de treinamento mágico ou místico, sempre vamos encontrar ao lado de certos ensinamentos filosóficos, um símbolo ou um grupo de símbolos, com significação especial para os seguidores do sistema.
Tais símbolos são conhecidos no Oriente como “mandalas”, e alguns são extremamente complicados.

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