ORDEM 1ª DE SÃO CIPRIANO PROTETOR

Somos uma Ordem Fraternal, Filosófica e Social, com o objetivo de compartilhar novos conhecimentos sobre a "arte", composta por homens e mulheres que congregam ideias construtivas, como a fraternidade, igualdade e liberdade.

domingo, 13 de setembro de 2015

A Personalidade Humana e a Magia (4)


A pesquisa psicanalítica moderna aponta na direção da existência, o inconsciente ou subconsciente, de certos níveis ou camadas de desenvolvimento, e a mais profunda dessas camadas liga o indivíduo não apenas à mente de seus vizinhos imediatos, mas, sucessivamente, ao processo mental de toda a humanidade abaixo de certo nível e, abaixo disso, novamente com a consciência do reino animal e vegetal. Isso leva a crer que, assim como nossos corpos têm dentro da sua própria estrutura as marcas de seu desenvolvimento evolutivo oriundo dos reinos mais inferiores da natureza, nossa mente mostra linha similar de evolução.
Existe o que é denominado “subconsciente pessoal”, que consiste de idéias, emoções e memórias, algumas das quais foram empurradas para baixo do limiar, porque nos recusamos a reconhecer até para nós mesmos que seríamos capazes de tais pensamentos.
Esses grupos de pensamentos carregados com energia emocional são conhecidos como “complexos” ou “constelações”, e onde eles tiveram seu reconhecimento recusado tendem a se desgarrar da unidade geral e tornar-se semi-independentes.
Diz-se então que se tornaram “dissociados”, e são esses complexos dissociados, juntamente com toda gama de experiências esquecidas, memórias e emoções que se configuram no “subconsciente pessoal”.
Ao nos aprofundarmos ainda mais, vamos nos deparar com aquelas emoções e pensamentos, aquelas imagens primordiais que compartilhamos com toda a humanidade, não somente com a humanidade atual, mas também com a humanidade passada. Esse “inconsciente coletivo” é e foi background condicionador da nossa mente subconsciente, e
as imagens e memórias sepultadas em suas profundezas exercem influência sobre nossas vidas que, embora desconhecida para nosso eu vígil, é extremamente poderosa.
Sabe-se que o inconsciente, pessoal ou coletivo, trabalha por meio de figuras ou imagens, pois a palavra é um desenvolvimento comparativamente recente.
Assim sendo, diz Jung:
“Quem fala por imagens primordiais, fala com mil línguas: agarra e sobrepuja, e, ao mesmo tempo, eleva o que tira do individual e do transitório pessoal à esfera do eterno, exalta o quinhão pessoal à dimensão do homem e, assim, libera em nós todas aquelas forças úteis que desde sempre vêm capacitando a humanidade a se auto-resgatar de qualquer desastre e a sobreviver à mais longa das noites.”
A magia, com suas origens no passado imemorial, faz exatamente isso, fala ao subconsciente do homem por meio de linguagens arcaicas de seus símbolos e rituais, e então produz “mudanças na consciência” que o mago tanto busca.
Assim foi também com o Senhor Jesus que: “Sem a parábola, não se dirigia a eles”.

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