O problema da personalidade humana é um dos que permaneceu sem solução por muitos séculos no mundo ocidental. O pensamento oriental desenvolveu uma classificação da personalidade que esclarece muita coisa sobre os processos mentais do homem, mas a teologia dogmática do ocidente, até a época atual, vem limitando um desenvolvimento similar do pensamento ocidental sobre o assunto.
Entretanto, nestes últimos anos, muitos fatores sobre os quais a religião dogmática não tem controle vêm conspirando para desenvolver uma visão mais verdadeira da real natureza da personalidade do que até aqui tem sido tem sido mostrado.
A velha psicologia acadêmica lidava somente com a mente vígil, e seus métodos de pesquisa baseavam-se principalmente na introspecção da mente sobre si mesma. Mas muitos fatores que começaram a emergir apontaram para a possibilidade de a mente do homem ser maior do que se imaginava. O fenômeno observado do mesmerismo e do hipnotismo, a telepatia e as maravilhas psíquicas dos espiritualistas começaram a mostrar a necessidade de uma nova psicologia, fundada então sobre base mais ampla do que sua antecessora acadêmica.
F. W. H. Myers, em seu importante livro A Personalidade Humana, esboçou a teoria geral do que ele denominou “mente subliminar”. A ideia geral (que ainda permanece válida) era a de que o pensamento consciente fosse parte da mente que estava acima de um certo nível de consciência conhecido como limiar ou entrada.
Esse nível supra limiar ou acima do patamar de consciência não é, entretanto, o único nível de consciência. Abaixo dele existem outras camadas de consciência, e essas camadas são denominadas níveis subliminares ou, geralmente, o “subconsciente”.
Assim, a mente humana, de acordo com essa hipótese, é dual, tendo um nível consciente ou vígil e um subconsciente, que permanece abaixo do limiar.
Myers mostrou que todos os fenômenos que ele estava considerando podiam ser explicados com aceitação de que, sob certas condições e por meio de certos canais, o subconsciente podia entrar em erupção e emergir para a vida vígil. Ele mostrou também que esse nível subconsciente de pensamento era muito maior em extensão e potencialidade em relação ao nível consciente da personalidade.
Myers mostrou que todos os fenômenos que ele estava considerando podiam ser explicados com aceitação de que, sob certas condições e por meio de certos canais, o subconsciente podia entrar em erupção e emergir para a vida vígil. Ele mostrou também que esse nível subconsciente de pensamento era muito maior em extensão e potencialidade em relação ao nível consciente da personalidade.
O símile usualmente empregado é o do iceberg, cuja maior parcela esta oculta pelo oceano. Tal símile é excelente, uma vez que o comportamento dessas montanhas de gelo muito se aproxima do comportamento da própria mente.
Acontece freqüentemente de o iceberg, embora o vento possa estar soprando sobre uma de suas extremidades, se mover na direção contrária, uma vez que seu gigantesco corpo submerso sofre muito mais os efeitos das correntes marítimas bem abaixo da superfície. Assim se dá com a mente humana.
Acontece freqüentemente de o iceberg, embora o vento possa estar soprando sobre uma de suas extremidades, se mover na direção contrária, uma vez que seu gigantesco corpo submerso sofre muito mais os efeitos das correntes marítimas bem abaixo da superfície. Assim se dá com a mente humana.
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