ORDEM 1ª DE SÃO CIPRIANO PROTETOR

Somos uma Ordem Fraternal, Filosófica e Social, com o objetivo de compartilhar novos conhecimentos sobre a "arte", composta por homens e mulheres que congregam ideias construtivas, como a fraternidade, igualdade e liberdade.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Instrumentos da Magia (5)


Na Tradição Ocidental, o glifo ou símbolo composto, base de todo seu ensinamento místico, é o diagrama conhecido como A Árvore da Vida, e este glifo é descrito como o “mais poderoso e abrangente do universo e da alma humana”.
É sobre a Árvore da Vida que todos os elaborados detalhes da Magia Cerimonial do Ocidente estão baseados.
Se, por exemplo, o mago está tentando uma operação de Júpiter, ele usará as propriedades que estão associadas a Júpiter, na Árvore da Vida.
Por exemplo, ele deverá usar uma túnica azul-clara, queimará incenso de cedro, acenderá quatro velas, e usará o nome hebreu da Esfera de Júpiter.
Notem que o mago está usando o princípio da “associação de idéias”, mas é necessário destacar que tais associações dependem primeiramente do vínculo mental entre os vários detalhes e a idéia central.
Esse vínculo pode ser criado voluntária ou involuntariamente.
No primeiro caso, isso é feito associando-se as idéias de forma consciente e deliberada;
no segundo caso, a associação é imediata e subconsciente.
Fazer um nó num lenço serve como um lembrete de que se tem que comprar alguma coisa em particular; esse é um exemplo da primeira categoria, enquanto a associação entre, digamos, salsichas e aviões é um exemplo natural da segunda.
Tais associações involuntárias freqüentemente parecem ser mais poderosas do que as criadas deliberadamente, pois elas representam as operações diretas da mente subconsciente.
Mas os vínculos de associações deliberadas podem ser igualmente poderosos se forem corretamente construídos, e esse treinamento da imaginação pictórica que é a base da prática mágica.
Por intermédio desse treinamento deliberado torna-se possível ligar certas imagens pictóricas ou sensoriais com suas emoções correspondentes, e a associação dirigida faz com que a resposta emocional apropriada surja sempre que as imagens sensoriais são recebidas.
Tudo isso, no entanto, ainda está na superfície da consciência.
Se quisermos que a nossa esteira de associações funcione com o poder da evocação mágica, então precisamos usar alguns apetrechos para com eles imprimi-la em níveis mais profundos da mente subconsciente, onde ela será capaz de produzir resultados definidos.
Para esse fim, alguns apetrechos auto-hipnóticos podem ser empregados, como por exemplo o rosário ou até mesmo a repetição silenciosa do próprio ritual.
O rosário, é claro, comumente associado à Igreja Católica, mas os muçulmanos e os budistas usam-no como instrumento de concentração.
Outro apetrecho técnico auto-hipnótico é o que é conhecido como “luzes faiscantes”.
Porém, antes que a evocação do subconsciente possa ser realizada de forma segura, é necessário que se faça algum trabalho nas bases do caráter, e isso será discutido nos próximos posts.

Instrumentos da Magia (4)


A “Tradição Ocidental”, para lhe dar o seu nome técnico, é uma estrutura composta que engloba as técnicas de magia de todos os povos do Mediterrâneo, por um lado, e os sistemas mágicos dos povos celtas e nórdicos, por outro.
O homem leigo, se dá-se ao trabalho de discutir sobre magia, normalmente emite uma ideia preconceituosa, baseada nos fragmentos da prática mágica medieval.
Tais fragmentos, originários dos Grimórios mágicos, fornecem um quadro muito imperfeito do que a Magia do Ocidente realmente é, mas são normalmente usados pelos nossos críticos como prova de quanto são tolos e supersticiosos os praticantes da magia.
Contudo, a mesma linha argumentativa poderia ser seguida por qualquer crítico, digamos, a respeito da Igreja Romana, e, de fato, a própria expressão Hocus Pocus , que é geralmente dirigida contra a prática da magia, é a distorção protestante da parte mais solene da Eucaristia Cristã – Hoc Est Enim Corpus Meum – Este é o meu corpo.
Foi por certos abusos e superstições que essa locução passou a ser usada contra o padre católico romano como contra o mago.
Contudo, o critério mais equilibrado e verdadeiro é considerar o melhor, e não o pior, em qualquer instituição humana.
Eqüidistante de qualquer afirmação feita pela Igreja Católica sobre ela ser um corpo sobrenaturalmente organizado, ou pelos adeptos da magia de serem detentores de uma sabedoria que tem sido transmitida desde “tempos imemoriais”, é evidente que suas respectivas organizações são compostas por seres humanos falíveis, cujas falhas e imperfeições irão inevitavelmente afetar a apresentação de suas crenças e doutrinas.
A Tradição Ocidental afirma ser ela própria herdeira de um corpo de conhecimentos e práticas, que vêm sendo transmitidos desde a mais remota Antiguidade, e que a filosofia central em torno da qual ela se organiza é o corpo místico do ensinamento hebreu, conhecido como Cabala.
Essa palavra em si conduz a idéia de segredo, uma vez que ela significa transmissão do conhecimento oral, “de boca a ouvido”, e, sem dúvida, essa tradição oral antecedeu de muito a compilação e edição de obras, tais como o Sepher Yetzirah, um dos pilares da Cabala.
Em todos os sistemas de treinamento mágico ou místico, sempre vamos encontrar ao lado de certos ensinamentos filosóficos, um símbolo ou um grupo de símbolos, com significação especial para os seguidores do sistema.
Tais símbolos são conhecidos no Oriente como “mandalas”, e alguns são extremamente complicados.

Instrumentos da Magia (3)


No sistema mágico, contudo, as imagens que saltam na mente, procedentes dos vários sentidos, são usadas como “sugestões” para a mente consciente, a qual, devido a condição particularmente sensitiva, foi induzida a seguir a linha sobre a qual está se concentrando.
Isso é uma forma de jiu-jitsu psíquico, no qual o verdadeiro poder das impressões dos sentidos é utilizado para tornar a mente consciente imune a essas distrações (dos sentidos).
Antes, contudo, que tais imagens possam produzir esses efeitos, duas coisas devem ser feitas.
Primeiro, a mente tem que ser “condicionada” à imagem. Consciente e persistentemente, a imagem têm que ser conservada na mente e associada a emoção relacionada à mesma, até que, com a imagem mantida, automaticamente a emoção jorre no nível subconsciente.
Segundo, tanto pelo próprio desempenho do ritual como por algumas formas de auto-hipnose, o limiar da consciência deve ser diminuído, para que o nível subconsciente possa emergir dentro da consciência e se tornar disponível para o poder sugestivo da ideia escolhida.
Assim como todos os instrumentos mágicos – a espada, a baqueta, a taça, o pentáculo, os círculos, os triângulos e senhas, as velas, as vestimentas, o incenso, as palavras sonoras de invocação e os nomes “bárbaros” evocação -, tudo trabalha por um processo sugestivo cumulativo sobre a mente subconsciente.
Essas sugestões cumulativas resultam no que pode ser chamado numa mudança da “marcha” menta, e ,por conseguinte, retornamos à nossa definição anterior de magia como “a arte de causar mudança na consciência pela vontade”.
Os níveis de consciência alcançados vão depender dos símbolos usados, e também da quantidade de associações conscientes de idéias que os estudantes tracem.
A magia, longe de ser uma superstição irracional, está baseada, como será observado, em profundas leis psicológicas e possui sua própria técnica especial.
Não estamos aqui comprometidos com o sistema oriental de magia, nos baseamos na teoria e prática das escolas ocidentais.

Instrumentos da Magia (2)


A mente subconsciente é mais velhas, em termos de desenvolvimento evolutivo, do que a mente a consciente e retém um traço de seu passado imemorial que, como já dissemos, se processa por imagens e não por palavras.
Cada um dos cinco sentido físicos envia para o cérebro uma série de imagens visuais, tácteis, auditivas, olfativas, gustativas, essas imagens são relacionadas na mente subconsciente com as suas emoções correspondentes.
Se, entretanto, alguém introduz imagens cuidadosamente selecionadas na mente subconsciente, pode, então, evocar uma emoção correspondente.
Uma vez que as emoções são aspectos subjetivos da energia instintiva que jorra dos níveis mais profundos da mente, fica claro que, pelo uso correto de tal evocação consciente, o “potencial” ou pressão da vida na personalidade pode ser imensamente intensificado.
Podemos ver isso em sua forma pervertida na força descomunal mostrada por alguns lunáticos em seus momentos de insanidade ou, novamente, em sua forma mais elevada e admirável, na maneira como nos erguemos diante do perigo repentino e realizamos façanhas que seriam impossíveis em condições normais.
O fenômeno do hipnotismo nos mostra a mesma coisa, dentro de condições em que podemos estudar à vontade.
No hipnotismo descobrimos que, uma vez que a fronteira ou “limiar” foi ultrapassado e os níveis do subconsciente autorizados a aflorar, qualquer imagem introduzida nesse momento terá efeito direto sobre o dinamismo da personalidade.
Em muitas escolas de pensamento místico e oculto, baseadas em fontes orientais, grande ênfase é dada à importância da meditação, e os sistemas de ioga do Oriente são utilizados como métodos de treinamento. Porém, quaisquer que sejam as vantagens da ioga, constatou-se que as desvantagens da aplicação da ioga do Oriente em corpos ocidentais são consideráveis, e por essa razão, se o mago ocidental usa a técnica iogue, ele emprega um sistema modificado, adaptado para o uso ocidental.
Dentro dos métodos puramente mentais de meditação, há a insistência no controle e na inibição dos sentidos corporais – diz-se que isso se faz necessário para calar pensamentos indesejados, manter a mente fixada de maneira irremovível sobre um único pensamento e recusar a permissão de qualquer estímulo sensorial distraia o praticante do objeto de pensamento escolhido.

Instrumentos da Magia (1)


É natural que os instrumentos da arte mágica costumem excitar a imaginação dos estudantes, e é justamente nessa palavra “imaginação” que se encontra a chave para o uso dos vários “aparatos” empregados pelo mago.
Nesse negócio de “causar mudanças na consciência pelo poder da vontade”, o uso correto da imaginação é de importância elementar.
Vamos, então, abordar essa faculdade da imaginação
Ela pode ser definida como o poder da mente em formar imagens mentais.
Partindo dessa definição, veremos que as atribuições consagradas por seu uso, pelo chamado “homem prático”, são muito mais amplas do que se pensa, pois qualquer coisa a ser construída no nível prático precisa antes ser construída como ilustração imaginativa.
O que o “homem prático” acha, obviamente, é que qualquer esforço imaginativo que não desague imediatamente em ganho material constitui-se em desperdício de tempo e esforço.
Novamente, tal ideia está longe de ser verdadeira, pois muitas “imaginações”, que nunca trouxeram ganhos imediatos, abriram canais por onde tais concretizações pudessem ocorrer e também resultaram em realizações políticas e sociais duradouras.
É evidente, portanto, que o “homem prático” está longe de ser a melhor autoridade. O que os psicólogos têm para dizer? Eles lidam com a mente em seu trabalho quotidiano e podem ser capazes de nos dar o quadro mais verdadeiro.
Vamos retornar por um momento à nossa consideração sobre a personalidade humana.
Nós a dividimos em três níveis – consciente, subconsciente e superconsciente – e sugerimos que os dois últimos são de maior importância em relação à mente consciente e vígil.
Contudo, a mente consciente é parte com a qual estamos trabalhando e evoluindo neste planeta e por essa razão ela tem que ser a autoridade dirigente em qualquer processo de trabalho mágico e mental.
Concedendo-lhe tal autoridade, precisamos também definir os limites dessa autoridade. Ela pode e deve dirigir, mas o trabalho tem que ser verdadeiramente feito no nível subconsciente.

domingo, 13 de setembro de 2015

A Personalidade Humana e a Magia (7)


Desviando o olhar das moradas celestiais, o mago se vê em Malkuth, o Reino da Terra, e percebe que essa existência imperfeita, frustrante no corpo físico, é imperfeita porque, embora conheça via intelecto a realidade por trás das aparências, ele ainda não foi capaz de perceber essa realidade no plano físico.
“Não sabeis que vós sois deuses”, diz a escritura cristã, e um poeta moderno cantou: “Saiba disso, oh, homem, a raiz úncia da falha em vós é não reconhecer a vossa própria divindade”.
Na entrada do Templo do Oráculo de Delphos na antiguidade estava gravada a seguinte inscrição: “Gnothi Se Auton” – Conhece-te a ti mesmo!
A percepção da verdadeira natureza do eu é a meta do verdadeiro mago. Seguindo esse princípio e mirando seu interior, o mago contempla um mundo decaído.
Ele vê que o plano primordial sobre qual o homem foi formado lá está, brilhando por todo o universo como a suprema harmonia e beleza e, através dessa luz, ele vê o ideal no qual o seu verdadeiro eu está fundamentado e pelo qual é sustentado.
Então, olhando para o exterior, ele vê em sua própria natureza e na natureza de tudo que o cerca as provas da queda e o potencial da perfeição. Mas em meio a essa queda ele vê as provas do retorno e, mediante o sofrimento de miríades de vidas, percebe que o caminho da salvação é o caminho do sacrifício.
Assim ele formula o velho axioma hermético Solve et Coagula que pode ser reconstituído como “Dissolve e reforma”, ele usa os ritos da Alta Magia para efetuar a dissolução e a reformulação.
Mas o que é dissolvido, e o que é reconstituído?
Não a eterna centelha que “alumia o todo homem” – ao contrário, é o ego pessoal que, por tanto tempo, vem sendo visto por ele como seu único e real ser; essa personalidade à qual ele tenazmente se agarrou e defendeu, mirou e serviu; não passa de sua persona essa máscara que encobre o homem real, que tem que ser dissolvida e reformada.
Mas como aquilo que é imperfeito pode produzir a perfeição?
“A natureza desassistida fracassa”, diziam os antigos alquimistas, e nas escrituras lemos “Somente o Senhor edifica a casa, o trabalhador trabalha em vão”.
Assim, o mago, com toda humildade, procura o conhecimento e a conversação com o seu Sagrado Anjo Guardião – aquele verdadeiro eu, do qual a personalidade terrena é apenas uma máscara.
Esse é o objetivo supremo do mago.
Tudo mais, trabalhos e encantamentos, rituais e círculos, espadas, baquetas e fumigações, tudo não passa de meios pelos quais ele chegará com triunfo ao final.
Então, tendo-se unido a esse verdadeiro eu – mesmo por um tempo breve -, ele é instruído por esse governante interior na Alta Magia que um dia elevará a sua humanidade à sua divindade e então realizará aquilo que os mistérios verdadeiros vêm sempre declarando o objetivo verdadeiro do homem – a deificação.

A Personalidade Humana e a Magia (6)


Deixando de lado toda a multidão de detalhes que rodeiam o assunto, focaremos à consideração da teoria mágica do homem e do universo.
A tradição da magia afirma que o universo é uno e que nenhuma parte desse universo está in esse separada da outra.
Como diz o poeta, “tudo não passa de parte de um Todo estupendo”.
Tudo que existe no universo é, portanto, a expressão da unidade que subsiste por meio de todas as coisas. Isso pode ser condenado como mero “panteísmo”, mas, na realidade, não é assim, pois por trás da unidade subjacente que expressa a si mesma no universo real, existe aquilo de que a alma universal, o conjunto da vida e da forma não passa de expressão. “Tendo criado o Universo com um Fragmento de Mim mesmo, Eu permaneço”, diz a deidade na escritura Hindu, o Bhagavad Gita. Um deus imanente e também transcendente é o deus do mago.
O uno transcendental, de acordo com os ensinamentos mágicos, está refletido nas águas do caos e da noite antiga, e essa reflexão do supremo, conhecida como Adam Kadmon, traz a ordem ao caos.
Como descreve um ritual de magia: “No começo havia o Caos e as Trevas e os portais da Terra da Noite. E o Caos clamou pela unidade. Então, ergueu-se o eterno. Diante do brilho desse Semblante, as Trevas recuaram e as Sombras fugiram.”
Essa reflexão profunda, o Adam Kadmon ou o Grande Homem da Cabala, é o Logos “por quem todas as coisas foram feitas”,o brilho de sua glória e a imagem expressa da sua pessoa.
Entretanto, nada nesse universo que não seja parte integral do Logos.
Todas as coisas subsistem nessa unidade subjacente, como afirma o poeta grego citado por São Paulo “... pois nós também somos Seus rebentos”.
A alma humana é parte de um universo maior e é ela própria uma réplica desse universo.
Na magia, costuma-se dizer que o homem é o microcosmo dentro do macrocosmo, o pequeno universo dentro do universo maior.
Para o mago, não existe algo que se pareça com a chamada “matéria morta” no sentido vitoriano. Na verdade, porque sua visão é devido ao fato de já subsistir como parte da vida eterna, é que qualquer coisa material pode existir no tempo e no espaço.
O que vemos “aqui embaixo” como um pedaço inerte de metal é, para o mago, a aparência material de inumeráveis centros de energia saindo dos mundos invisíveis para o centro vivo de tudo.
“O Espírito do Senhor preenche a Terra”, e para o verdadeiro mago nada é vulgar ou sujo, tudo serve a um propósito e é expressão da vida do Eterno.
Isso é declarado no ritual pelo adepto iniciado, que proclama: “Não existe parte de mim que não seja dos Deuses.”
“Os Deuses”. Será que os magos acreditam em muitos deuses? Sim, mas a visão que têm de sua natureza não é bem aquilo que se poderia esperar deles. Eles encontram no universo invisível um campo de poder no qual inúmeras forças interagem, cada qual sendo um aspecto do Supremo.
E, nessas energias cintilantes e dançantes, eles vêem a unidade de uma vida, filhos de Deus, que evoluíram em universos precedentes e que, agindo como canais perfeitos para o supremo poder, são como lentes vivas através das quais o poder é emanado para baixo.
Eles são os Dyans Chohans das escrituras orientais, os Ministros, Chamas do Fogo da Bíblia; e aquele raio de Seu ser essencial que flui da Unidade e é refocalizado no tempo e no espaço é a “substância” no sentido teológico da qual se compõe o universal “real”, no qual as qualidades secundárias daquilo que chamamos de matéria se manifestam – criando os “acidentes” da teologia.
Dessa maneira, na filosofia da magia, não existe tal coisa como “matéria morta” per se. Toda a matéria, toda manifestação não passa de expressão de toda vida que tudo permeia – na verdade, é esta vida em uma de suas inumeráveis formas de existência.
Acreditando, assim, na estrutura viva do universo, o mago conclui que, assim como o poder da unidade se manifesta por intermédio de Seus Ministros, também nos planos mais densos e mais inferiores de sua auto-expressão, inúmeras hostes de inteligências menores implementam Seus planos – “Anjos e Arcanjos, Tronos, Dominações, Principados, Virtudes, Poderes; Querubins e Serafins , Ashin e todas as Hostes Celestiais imemoriais” -, cada uma no seu nível.
O mago, vendo como o Supremo “constitui os serviços dos anjos e dos homens em ordem perfeita”, não se vê como um estranho no universo nem mesmo como um ser apartado dele, mas como parte dessa diversidade viva na unidade, e diz o velho iniciado grego: “Eu sou a criança da Terra, mas minha raça veio das Estrelas dos Céus.”